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Apesar do Congresso “inimigo do povo”, Brasil taxa os mais ricos e isenta os mais pobres

  • Foto do escritor: WilFran Canaris
    WilFran Canaris
  • 29 de out.
  • 2 min de leitura

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No dia 1º de outubro, a Câmara dos Deputados aprovou, por unanimidade, o projeto do governo federal que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$5 mil por mês e descontos para quem ganha até R$7.350 por mês. Foram 493 votos favoráveis ao PL de isenção do IR. Mas como aconteceu essa virada, sendo que, até bem pouco tempo atrás, este

Congresso era chamado de “inimigo do povo”?


O projeto só foi aprovado graças à pressão popular que aconteceu nas ruas de norte a sul do país e também nas redes sociais no dia 21 de setembro. Foi aí que os “inimigos do povo” perceberam a força da mobilização da classe trabalhadora brasileira. Mais do que isso, eles perceberam que essa era uma pauta defendida pela ampla maioria da sociedade.


O Congresso teve que engolir a vitória do povo, ficando sem nenhuma

alternativa. Caso contrário, sabiam eles que correriam risco nas eleições do ano que vem. Não foi bondade, foi interesse de não perderem seus mandatos. A verdade é que o Brasil conseguiu taxar os mais ricos e isentar os mais pobres não graças a este Congresso, mas apesar dele.


E o impacto disso na sociedade é espetacular! Mais de 10 milhões de trabalhadores em todo o país serão beneficiados pelo PL de isenção do IR. Isso mesmo! Somente no setor bancário, 45,9 mil bancários ficarão totalmente isentos do IRPF. A economia anual estimada para este grupo é de R$111,1 milhões. 75,9 mil bancários terão redução do imposto a pagar, somando uma economia anual de R$149,6 milhões. Ao todo, cerca de 122 mil bancários (30% da categoria) serão diretamente beneficiados, o que corresponde a uma economia total de R$ 260,7

milhões ao ano.


É uma grande conquista para a categoria bancária e para a sociedade como um todo. E o Sintrafi marcou presença nesta luta e cumpriu seu papel de forma exemplar. Desde julho, o sindicato estava engajado no Plebiscito Popular, que buscava justamente isso: promover maior justiça tributária e aliviar o peso dos impostos sobre a classe trabalhadora.


Diversas atividades foram realizadas junto à categoria e à sociedade, debatendo a importância da pressão popular sobre os parlamentares. A entidade enfatiza ainda que, no caso da PLR, é fundamental destacar que se trata de uma conquista fruto da luta sindical e que deve ser integralmente destinada aos trabalhadores. É injusto haver tributação desigual sobre aquilo que representa um ganho coletivo.

E o que acontece agora?


Agora só depende da aprovação do Senado para que comece a valer, a partir de 2026, o PL de isenção do IR.


A proposta prevê também aumento progressivo do IR somente para pessoas que ganham mais de R$50 mil por mês, com o objetivo de fazer com que os super-ricos tenham maior responsabilidade tributária.

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