A vida vale mais que o lucro dos bancos
- WilFran Canaris
- 22 de abr.
- 2 min de leitura

Este mês de abril é marcado por diversas campanhas que buscam promover a segurança e a saúde da classe trabalhadora. No entanto, não devemos lembrar da saúde apenas neste mês, pois sabemos que, nos dias atuais, mais especificamente após a pandemia, o tema da saúde se estabeleceu como pauta permanente, principalmente a de caráter mental. A pauta pode parecer nova, mas não é, especialmente entre a categoria bancária, que é uma das que mais sofre quando o assunto é adoecimento mental relacionado ao trabalho.
No Brasil, somente no ano de 2022, os afastamentos por transtornos mentais somaram 11,40% no total de benefícios concedidos pelo INSS, seja por acidente de trabalho ou doença comum. Um dado alarmante é que a categoria bancária é responsável por 43,72% desses afastamentos.
Os motivos, sabemos bem quais são: cotidiano exaustivo com sobrecarga de trabalho, pressão pelo cumprimento de metas abusivas, assédio moral
institucionalizado, aumento das demissões, além do incentivo à competitividade e ao individualismo, entre outros. Tudo isso associado à gestão abusiva dos bancos vai gerando um alto nível de estresse que agrava os sintomas de doenças
mentais como a depressão e o Burnout, podendo levar inclusive, ao suicídio.
Pois é, quem vê as propagandas dos maiores bancos e não conhece a realidade dos trabalhadores dentro das agências, pode não conseguir imaginar essa situação trágica. No entanto o Sintrafi, assim como todo o movimento sindical, sabe bem que a situação é gravíssima, por isso a entidade luta há muitos anos por um ambiente de trabalho saudável para os colegas com gestões que não sejam adoecedoras, que não visem apenas o lucro em detrimento da saúde da categoria. E essa é uma das principais funções do sindicato: lutar para que a saúde no ambiente de trabalho seja tratada como prioridade.
Komentarze