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Lançamento da Campanha Nacional dos Bancários é marcada por ato que buscou conscientizar a sociedade sobre a alta taxa de juros em Florianópolis

Manutenção de juros em 10,5% freia a economia do país


No dia 28 de junho, o Sintrafi Florianópolis realizou um Ato de Lançamento da Campanha Nacional Unificada dos Bancários na Praça XV, no Centro de Florianópolis. A atividade foi um sucesso e contou com a participação de um mágico que ajudou a conscientizar a sociedade sobre a alta taxa de juros, que reflete nos lucros gigantescos dos bancos.


Diversos dirigentes do Sintrafi esclareceram a população sobre como os juros altos impactam na vida da categoria bancária, mas também da classe trabalhadora em geral. Para o presidente do Sintrafi Floripa, Cleberson Pacheco, a atividade foi uma oportunidade de os bancários dialogarem com a população sobre as altas taxas de juros praticadas no país.


Vela lembrar que, em maio, o COPOM reduziu em apenas 0,25 ponto percentual a Selic, mudando o ciclo de cortes de 0,50 que vinha ocorrendo a cada 45 dias, desde agosto de 2023.


Com isso, a taxa básica de juros brasileira está em 10,50%, mantendo o país com um dos maiores juros reais do mundo.


Um dos eixos da Campanha Nacional dos Bancários deste ano é a redução da taxa de juros para induzir o crescimento econômico e geração de emprego e renda.


Veja como a taxa de juros impacta diretamente na vida da população:

Conhecida como Selic, a taxa básica de juros impacta diretamente na vida da

população e no crescimento do país. Essa taxa é definida pelo Comitê de Política

Monetária (COPOM) do Banco Central do Brasil.


Toda vez que a Selic diminui, o crédito fica mais acessível para as famílias, para agricultores e para os empresários. Isso porque a taxa básica de juros tem efeito em todas as outras taxas de juros praticadas no país. Então, quando a Selic cai, os bancos tendem a reduzir as taxas de juros, o que estimula o consumo e o investimento produtivo.


Por outro lado, quando a Selic aumenta, acontece exatamente o contrário e os empréstimos ficam mais caros, reduzindo o consumo e reduzindo os investimentos. O crédito mais caro também contribuiu para o

endividamento das pessoas e empresas e reduz os investimentos de empreendedores, seja na expansão de seus negócios, seja na

abertura de novas vagas de trabalho.


Então, porque o Brasil é hoje o país com as maiores taxas de juros do mundo? Parte da resposta está na forma como é administrado o regime de metas de inflação adotado no país e que tem como proposta manter a inflação em um nível estabelecido pelo COPOM com o Banco Central adotando as medidas conservadoras do ponto de vista econômico para alcançar as metas.


Esta política parte do princípio de que para controlar a inflação, o consumo precisa ser atacado, mas o que não é dito é que nem toda inflação está relacionada ao consumo elevado. Nos últimos anos, por exemplo, a inflação brasileira esteve relacionada principalmente à política de preços dos combustíveis e às questões externas como a Guerra da Ucrânia e a questões climáticas, problemas que deveriam ser combatidos com outras medidas.


Os juros altos praticados no Brasil favorecem banqueiros e os super-ricos porque tornam mais atrativa a especulação no mercado de títulos públicos do que os investimentos na economia real. Juros neste patamar elevado representam menos crédito para famílias e empresas e menos investimentos e empregos. A justificativa do Banco Central para a decisão é a expectativa futura de suposta tendência de aumento da inflação e de desvalorização do Real.

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