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A segunda década do sindicato

Osny Laus (de branco à esquerda), ao lado do então Vice-presidente, João Goulart, em reunião da Comissão do Salário Mínimo
Osny Laus (de branco à esquerda), ao lado do então Vice-presidente, João Goulart, em reunião da Comissão do Salário Mínimo

Em 1946, bancários de Florianópolis e de outros estados realizaram uma greve para exigir do governo a instituição do salário profissional, baseado no acordo assinado com os banqueiros em 1945. Esta primeira greve nacional marcou a transição para um novo patamar da ação política do Sindicato dos Bancários de Santa Catarina. Os grevistas de Floripa se esforçavam para transformar a entidade de associação recreativa em instituição de luta e reivindicação.


Em meados da década de 40, havia no estado menos de dois mil bancários. A assembleia que decretou esta greve teve a presença de nove bancários. Nos anos que se seguiram, o objetivo foi o de transformar a sede do sindicato num ponto de contato permanente para a categoria. A entidade queria espaço para participar nos fóruns nacionais da categoria, controlados pelos sindicalistas dos centros principais.


Em 1959, a diretoria do sindicato apresentou sua proposta de novo estatuto para a entidade, que foi aprovada. O novo estatuto firmou o suporte legal para uma ação política mais ampla, que já se vinha constituindo desde o início da década.


A ambição de ampliar a ação política vinha amadurecendo desde alguns anos, mas convivia com as iniciativas tradicionalmente assistencialistas e prosaicas promoções de caráter cultural.


A nova diretoria definiu coletivos para atuar em uma série de departamentos com tarefas específicas - feminino, jurídico, da previdência social, de planificação, estatística e assuntos econômicos, culturais e sociais. A diretoria manifestava apoio às greves de outras categorias e participava dos eventos nacionais como a

I Convenção Nacional dos Bancários.


A partir da segunda metade dos anos 50, portanto, a ação sindical estava ficando muito maior. Em 1957, os bancários se reuniram em assembleia geral para decidir pela compra do prédio de Luiz Eduardo de Oliveira Santos, à rua Tiradentes, 20. Os 57 bancários presentes aprovaram por unanimidade a proposta. Em abril, o Ministério do Trabalho autorizou o sindicato a adquirir a sede própria.


A partir de 1962, o sobrado passaria a ser a sede da Federação dos Bancários de Santa Catarina, criada em agosto de 1960 por iniciativa do Sindicato de Santa Catarina e outros cinco do interior. A Federação consolidou um novo padrão de

atuação política, aproveitando as brechas abertas pelos governos populistas do início daquela década.

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