Cerca de 57,1% dos afastamentos de bancários, em 2022, aconteceu por problemas de saúde mental e comportamental, estes são dados da pesquisa realizada pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese).
Com as transformações que aconteceram nos bancos com investimentos em tecnologia e um crescente processo de digitalização das transações, os postos de trabalho dos bancários no Brasil diminuíram significativamente desde 2013, bem como o número de agências bancárias. A pressão sofrida pelos trabalhadores que permanecem no setor faz adoecer física e mentalmente muitos deles, levando-os a se afastarem do trabalho.
Baseado no diagnóstico de adoecimento da categoria, a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro - CONTRAF/CUT realizou diversas ações em 2023 para cobrar medidas dos bancos que garantam a saúde física e, principalmente, mental de seus trabalhadores.
O trabalho bancário das últimas décadas tem colocando desafios para o movimento sindical e também para os profissionais da área de saúde mental. Há um adoecimento generalizado na categoria, e as intervenções pontuais não são suficientes para prevenir o agravamento da situação.
No ano de 2023, umas das principais bandeiras de luta dos bancários e bancárias do país, foi a denúncia da pressão por metas e a busca de um melhor ambiente de trabalho que não gere adoecimento psíquico de seus funcionários.
O SINTRAFI Floripa se somou nas atividades sugeridas pela CONTRAF/CUT e Fetrafi-SC e realizou diversas ações que denunciavam as pressões impostas pelos bancos no cumprimento de metas e a gravidade do adoecimento da categoria.
O ano de 2024 segue com a elaboração de propostas na Campanha Nacional por ambientes adequados e dispositivos que garantam o respeito à saúde e a vida de todos os trabalhadores e trabalhadoras.
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