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Quem está doente é o banco!

  • Foto do escritor: WilFran Canaris
    WilFran Canaris
  • 24 de jun.
  • 2 min de leitura

Saúde como eixo central da ação sindical

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Os dirigentes da Fetrafi-SC, Simone de Abreu e Ricardo Daniel,

compuseram a mesa com Jacéia Netz e André Guerra, ambos do

Departamento de Saúde do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região e assessores técnicos da Fetrafi-RS. Antes de iniciar as apresentações dos palestrantes, foi apresentado o vídeo “Koyaanisqatsi - Uma Vida Fora de Equilíbrio”.


Durante a tarde, a Mesa II: Vida em Desequilíbrio propôs uma reflexão sobre a importância de discutir a saúde do trabalhador, um conceito que está para muito além da ausência de doenças. Os convidados Jacéia e André trouxeram à tona a urgência de colocar a saúde no centro das lutas sindicais.


Jacéia fez uma retomada histórica do surgimento do sindicalismo como uma luta essencialmente ligada à saúde dos trabalhadores: das caixas mútuas para enterros dignos às ações coletivas dos anos 1920 que fundaram as bases do que hoje se entende como saúde do trabalhador. “A saúde foi a questão principal do surgimento do sindicalismo”, afirmou.


A discussão apontou como o capitalismo industrial transformou a organização do trabalho, retirando dos sujeitos o senso de pertencimento, autonomia e

dignidade — condições fundamentais para o que se pode chamar de saúde integral. Para ela, um ambiente onde as capacidades afetivas e profissionais são podadas não pode gerar pessoas saudáveis.

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André enfatizou a necessidade de resgatar um conceito ampliado de saúde: não apenas a ausência de doenças, mas as condições de florescer como ser humano em sua plenitude. A saúde, afirmou, é relacional — nenhum indivíduo é

saudável num contexto social adoecedor.


“Vivemos em um mundo em que só posso ser feliz se vencer o outro, se for mais produtivo, mais competitivo. Isso é uma distorção naturalizada que adoece toda a sociedade,” destacou. Nesse sentido, saúde se torna uma pauta estratégica para o movimento sindical, pois conecta a realidade individual à coletiva e dá sentido ao trabalho sindical como promotor de existência digna.


A mesa concluiu com um chamado à ação concreta. “A saúde está em tudo. Sempre esteve entrelaçada à luta sindical e precisa ser central”, defenderam. A proposta é transformar o sindicato em um espaço que promova o cuidado, a formação política e a reinvenção de subjetividades que resistam ao adoecimento. Jacéia mencionou a experiência “A gente se cuida”, em Porto Alegre, onde a própria categoria se organiza para cuidar de seus membros, como exemplo de

atuação transformadora.

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Para ambos, discutir saúde é discutir desejo, felicidade, liberdade — e é justamente por isso que pode ser um caminho potente para unir, organizar e mobilizar os trabalhadores.

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