Tramita na Câmara de Vereadores de Florianópolis, o Projeto de Lei 18.459/2022 de autoria do vereador Roberto Katumi (PSD), que pretende alterar a lei 186/1997 e retirar a obrigatoriedade das agências bancárias terem portas de segurança. O PL tem resistência do Sindicato dos Trabalhadores no Ramo Financeiro - Sintrafi Floripa, por entender que a mudança gera fragilidade na segurança e é apenas o primeiro passo, pois o objetivo mesmo dos bancos é retirar os vigilantes colocando em risco os bancários e a população.
A tentativa de retirada das portas de segurança é um ataque orquestrado em diversas capitais do país pela Federação Nacional dos Bancos - Fenaban, recentemente em Porto Alegre o mesmo projeto foi aprovado na Câmara de Vereadores da capital gaúcha e, depois da mobilização do sindicato dos trabalhadores, foi barrado com um veto do prefeito.
De acordo com o presidente do Sintrafi, Cleberson Pacheco Eichholz, a mudança na lei contraria os anseios da sociedade. “A população tem visto um aumento nos índices de violência e espera das autoridades medidas para frear este crescimento. No entanto, este projeto flexibiliza medidas que tem se mostrado eficazes”, destaca Cleberson.
Para Marco Silvano, coordenador da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Santa Catarina – Fetrafi/SC, o projeto não se justifica, pois a redução de números de assaltos só demonstra a importância de mantermos cada vez mais segurança nas agências. “A segurança é algo que precisa cada vez mais de investimento e não de redução. Não podemos retirar as portas de segurança alegando a diminuição de assaltos, sendo que se reduziu por conter ferramentas que garantem proteção e dificultam a criminalidade”, ressalta Marco.
O sindicato iniciou uma campanha de debate com a sociedade, a fim de mostrar os prejuízos para toda a população da retirada da obrigatoriedade de itens importantes de segurança, principalmente em agências bancárias que são alvos recorrentes de assaltos. Também tem feito diálogo com os vereadores, a fim de contra argumentar as justificativas do projeto e mostrar os impactos da aprovação do PL 18.459, para toda população de Florianópolis.
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