top of page

Inclusão de PcDs e neurodivergentes no setor bancário deve ser uma luta de todos

Bancos descumprem legislação ao empregar percentual menor de pessoas com deficiência 


Nossa Campanha Nacional está com uma pauta bastante atual e urgente no que se refere à inclusão e direitos de pessoas com deficiência (PcDs) e neurodivergentes no setor bancário. Este foi o tema abordado na quarta mesa de negociação, que aconteceu dia 17 de julho, e cobrou dos bancos a inclusão destas pessoas.


A legislação brasileira determina que a cota para PcDs no setor bancário é de

5% para empresas com mais de 1 mil funcionários. Hoje, o setor emprega

apenas 4% de pessoas com deficiência, ou seja, percentual menor previsto pela legislação.


Conforme a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2022, os 4% de PcDs na categoria bancária somam 17.417 trabalhadores; 63% deles estão em locais de trabalho com até 49 pessoas, e 62% deles estão em ocupações tradicionalmente de agências.


Além disso, apenas 2% de PcDs estão em cargos de liderança, e a remuneração

média dos bancários PcDs é 37,6% inferior à remuneração média das pessoas sem deficiência.


Diante destes dados, a secretária da Juventude da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Bianca Garbelini, que é

Direção do Sindicato neurodivergente e mãe da Sofia, que é PcD, nos traz uma importante reflexão referente a esta pauta. “Exigimos dos bancos que se comprometam verdadeiramente não só com o acesso, mas com a permanência e a ascensão de pessoas com deficiência! É preciso contratar mais, mas também oferecer as adaptações necessárias para que essas pessoas possam desenvolver seu trabalho, ou seja, oferecer acessibilidade. Isso tem, sim, muito a ver com adaptações físicas nos espaços de trabalho, mas não só: é preciso oferecer equipamentos e tecnologias assistivas (como óculos que leem e fazem audiodescrição para pessoas com deficiência visual, abafadores de ruído e aparelhos de comunicação alternativa para pessoas com autismo, etc.), estabelecer parcerias para emprego apoiado (especialmente para pessoas com deficiência intelectual e/ou Transtorno do Espectro Autista - TEA) e incentivar e promover uma cultura anticapacitista entre todos os trabalhadores. Como mãe de uma menina com deficiência intelectual, minha luta é para que, caso ela queira, possa se tornar bancária no futuro! O que eu desejo para toda a comunidade PcD é isso: oportunidade, respeito e autonomia!”


Portanto, nós, do Sintrafi, seguiremos firmes lutando para que os bancos cumpram a legislação. Somente dessa maneira, poderemos chegar mais perto do nosso objetivo de atingir uma sociedade mais justa e igualitária. Além disso, sabemos que a inclusão de PcD nos bancos e no mercado de trabalho, em geral, ultrapassa a questão da legalidade. Podemos ir além, podemos colaborar para a construção de um mundo mais diverso, inclusivo e justo. É isso que buscamos! 


留言


bottom of page